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Profissionais experientes são essenciais para uma boa cobertura de tatuagem

Atualizado: 20 de out. de 2023

No mês passado, uma pesquisa liderada pelo linguista Stephen Crabbe, da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, revelou que as tatuagens de nomes e apelidos são as que mais geram arrependimento nas pessoas: cerca de 30% dos homens e 24% das mulheres estudados disseram que não gostariam mais de ver o desenho no corpo.

Normalmente feita por impulso e na juventude, a decisão de tatuar o corpo merece grande atenção e calma na decisão, segundo o tatuador Luciano Sabbadim. E ele conhece bem do assunto, já que é especialista em cobertura de tatuagem e recebe diversos arrependidos em busca de socorro. “Um estudo do Royal Blackburn Hospital, do Reino Unido, divulgado em 2013, mostrou que a cada três pessoas tatuadas, uma se arrepende de ter marcado o corpo”, afirma.

Um dos mais recentes exemplos é o do cantor Dinho Ouro Preto, que falou sobre o assunto durante entrevista para Fátima Bernardes. “Comecei a me tatuar aos 20 anos. Me arrependo de algumas. Estou começando a tirar com laser e cobrindo com outras”, contou.

De acordo com Sabbadim, essas são as duas únicas formas de salvar a pele dos clientes insatisfeitos. No caso do laser, os preços são mais salgados e o resultado nem sempre é satisfatório, já que o método pode até queimar a pele se for realizado de forma não profissional. Profissionais experientes são essenciais para uma boa cobertura de tatuagem.

Por isso, a cobertura de tatuagem é a maneira mais escolhida pelos clientes arrependidos, ele explica. “É preciso ter planejamento, no entanto, para que o resultado seja bacana”, diz. Em São Paulo, ele atua no iTattooClub, estúdio que conta com mais de 30 profissionais rotativos, de diversos estilos, no bairro Bela Vista, próximo à Avenida Paulista.

Ele alerta que o processo deve ser feito por tatuadores capacitados, que já tenham praticado a arte da cobertura anteriormente. “É frequente que os clientes procurem profissionais que não são especialistas e, depois, cheguem aqui pedindo socorro, porque já passaram por algumas sessões e a tattoo só piorou”, conta Sabbadim. Durante o trabalho, ele decide com o tatuado qual é o desenho a ser feito por cima do antigo, explica as técnicas e parte para a prática.

Normalmente, todo o processo demora de quatro a seis horas. “Porém, a quantidade de sessões pode variar, dependendo de qual é a situação da tatuagem atual, como o tamanho, o desgaste, entre outros pontos”, fala Sabbadim. E não importa se a tatuagem antiga é escura, colorida ou enorme: é possível fazer o “milagre” em qualquer tipo de desenho.

Os resultados fazem valer a pena o esforço. “Fico muito contente e orgulhoso quando vejo o desfecho desses trabalhos. O que nos move é a felicidade que os clientes demonstram após verem o resultado”, conclui Sabbadim.

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