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Procuradas também por grupos criminosos no Japão, artes japonesas são sucesso no Brasil

Atualizado: 20 de out. de 2023

Muitos dos que passam pelos estúdios de tatuagem brasileiros pedem por desenhos com estilo asiático. Procuradas também por grupos criminosos no Japão, artes japonesas são sucesso no Brasil. De acordo com Daniel Couto, proprietário do iTattooclub, cerca de 15% dos clientes buscam inspiração nessas fontes para solicitar tattoos no local. O estúdio é rotativo e fica localizado em São Paulo.

No caso, a principal procura é pelas tatuagens japonesas. Carpa (Koi), Fênix e, claro, o Dragão Japonês são as representações que mais fazem sucesso no iTattooclub quando o assunto é desenho nipônico, segundo Couto.

No próprio Japão as tatuagens são amplamente ligadas às máfias, principalmente à organização criminosa Yakuza. No ano passado, a revista Rugby World e o jornal The Guardian, durante a Copa do Mundo da modalidade realizada no país, mostraram preocupação com os desenhos no corpo de atletas e fãs e recomendaram: para não ofender a população japonesa, o ideal seria andar com as tatuagens cobertas durante o evento.

Por aqui, a conotação desses desenhos tem significados totalmente diferentes. “As pessoas que pedem essas tatuagens estão interessadas em demonstrar bravura e força, por exemplo”, conta o empresário. “Nada a ver com máfias ou gangues”, brinca.

Em 2017, a Vice Austrália entrevistou o tatuador Horiyoshi III, famoso artista normalmente ligado aos desenhos da máfia. “Se a Yakuza quisesse usar tatuagens para mostrar ao público que são uma gangue, eles simplesmente teriam tatuagens visíveis e diriam que são Yakuzas. As tatuagens são para mostrar que eles têm a força para ajudar os fracos. Mas não precisam tornar isso público”, afirmou, à época, o tatuador.

Como no Ocidente os desenhos japoneses ganharam conceitos totalmente diferentes, também é comum encontrar por aí homenagens a animes japoneses, como personagens de Dragon Ball, Naruto, entre outros. “Nesses casos, em sua maioria, os clientes buscam fazer um tributo à infância, eternizando heróis e, algumas vezes, vilões que fizeram parte da época em que eram crianças”, conclui Couto.

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